domingo, 13 de setembro de 2009

O Perfeito Cozinheiro das Almas deste Mundo


Oswald de Andrade montou um estúdio no centro de São Paulo, freqüentado por jovens como Guilherme de Almeida, Vicente Rao, Inácio da Costa Ferreira, Sarti Prado, Edmundo Amaral, Pedro Rodrigues de Almeida, Leo Vaz e pelo então jovem senhor Monteiro Lobato. Maria de Lourdes Douzani Castro (Daisy ou Miss Ciclone), uma normalista de 18 anos incompletos, era a única mulher da "garçoniere", logo cortejada por todos.

Desta convivência - em meio a receitas culinárias, obras de arte e discos na grafonola - surgiu a idéia de um livro coletivo, em forma de diário, publicado pela editora Ex Libris, com um projeto gráfico diferenciado e cuidadoso, preservando tintas e lápis coloridos, desenhos, colagens e outros meios com que os freqüentadores registravam suas observações diárias. Muitos usavam pseudônimos e Daisy ainda imitava a caligrafia de amigos para se divertir. Ainda assim, pode-se identificar a maioria: Oswald como Garoa ou Miramar; Lobato como Frei Lupus ou Irmão Ancylostomo; Edmundo Amaral como Viviano ou Viruta; o artista plástico Ferrignac como Ventânia ou Jeroly; Pedro Rodrigues como João de Barros.

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